Brasileiro condenado por estupro de uma menina vivia ilegalmente em creche nos EUA

O brasileiro André Tiago Lucas, de 36 anos, condenado por estupro de uma adolescente de 13 anos no Brasil, foi preso nos Estados Unidos enquanto residia ilegalmente em uma casa licenciada como creche, no estado de Massachusetts. O criminoso foi encontrado pelas autoridades americanas sem que o local tivesse conhecimento de seus antecedentes.

A prisão foi realizada em outubro de 2024 por agentes do ICE (Immigration and Customs Enforcement), mas o caso voltou à tona após o Departamento de Educação e Cuidados Infantis de Massachusetts (EEC) descobrir que o homem vivia no local onde funcionava uma creche.

Segundo a imprensa local, Franciele Nunes, dona da residência e mãe dos filhos do criminoso, teve sua licença de funcionamento cancelada depois que o documento expirou e não foi renovado. Não há informações precisas sobre há quanto tempo Lucas vivia na residência.

Xerife critica falha na fiscalização: “É assustador”

Em entrevista à emissora Boston 25 News, o xerife Lew Evangelidis, do Condado de Worcester, foi enfático ao criticar a falha nas verificações de segurança:

“É assustador que alguém condenado por estuprar uma menina de 13 anos consiga fugir do Brasil, viver ilegalmente em Massachusetts e ainda por cima morar em uma creche para crianças pequenas”, disse Evangelidis.

A residência havia sido aprovada para funcionar como creche, mas deixou de operar antes da prisão. Ainda assim, o fato de um estuprador condenado ter residido no local levanta sérias preocupações sobre o sistema de imigração e de segurança infantil nos EUA.

Órgão americano não verifica antecedentes no exterior

O EEC exige verificação de antecedentes criminais dos moradoresdas residências onde funcionam creches. No entanto, os critérios são limitados a crimes cometidos em território americano, ignorando condenações no exterior, como foi o caso de André Tiago Lucas.

O criminoso foi condenado pela Justiça de Minas Gerais em 2016, mas fugiu do Brasil e passou a viver como imigrante ilegal nos EUA. Sua presença em um ambiente onde crianças circulavam livremente revela uma grave lacuna na fiscalização americana de imigrantes com histórico criminal internacional.